quarta-feira, 25 de novembro de 2009

As únicas exceções

Ela tinha pego o meu braço e me puxado para a porta da sala-de-estar, onde ninguém da festa poderia nos ouvir pelo barulho estar ainda mais alto. Ela gritava em meu ouvido, o que significava que provavelmente eu teria sequelas por razão da música estar tão alta. A banda tocava uma música desconhecida, provavelmente de sua autoria, antes disso só haviam tocado musicas famosas de festas, que todos gostavam, mas depois de perceber que três quartos dos convidados estavam bêbados e não prestariam atenção eles tentaram a sorte.
Provavelmente era a única que conseguia entender além de barulho atrás daquelas músicas, todas as outras pessoas dançavam descontrolavelmente, balançando a cabeça e os braços em movimentos inúteis e horríveis. Algumas pessoas estavam inconscientes, e uma delas era o namorado de Alice, ela me puxara e me dizia que iria leva-lo para casa e que voltaria para me buscar, já que eu não caberia na moto dela.
- Não se preocupe Lice, eu vou a pé, ou pego uma carona com alguém - nós duas olhamos ao redor, e identificamos as únicas 4 pessoas que nos rodeavam e estavam com a cabeça no lugar, os caras da banda. Ela me deu um olhar de mãe e me fez prometer que eu iria pegar uma carona com um deles (se não ficassem bêbados, caso contrário, ligaria para ela).
Duas horas depois e o repertório da melhor banda que já houve em uma festa estava acabando, nesse momento repetiam as músicas que tinham feito a galera delirar no começo da festa, e para espanto deles, a galera reagira igual a cada começo de uma nova música. Eu desisti de prestar atenção na letra da melodia que estourava os meus tímpanos e tentava me perguntar o que havia me levado a estar sentada no meio da maior festa do ano.
Decidi então, em pedir carona para os caras da banda. O da bateria foi o único que conseguiu perceber minha presença e gritou olhando para mim sem parar de bater nos pratos que eram ainda mais agudos quando estávamos mais perto:
- Que música você quer pedir?
- Não quero pedir musica, - percebi que precisava aumentar o tom de voz - eu quero uma carona para voltar para casa. - Os outros caras perceberam a minha presença e me olharam, o cantor com a voz melodiosa só olhava para mim e pedia desculpas com o olhar sem parar de cantar no microfone. Como eles podiam ser bons em fazer duas coisas ao mesmo tempo?
- A gente vai embora em uma hora, mas o Zac - e apontou para o cara da guitarra - já vai sair. - Zac sorrio para mim calorosamente e me deixou vermelha, eu sorri também, ele era incrivelmente lindo (pelo menos para mim). Ele terminou a música e deixou a guitarra apoiada em uma estante e me chamou para tomar alguma coisa, sem graça Zac tentou começar um diálogo a distância
- Eu, é ... estava te observando - ele parou e desviou o olhar para as pessoas da festa - parece ser a única sóbria por aqui.
- Eu não gosto muito de festas, só vim porque me disseram que vocês eram muito bons - eu o encarei - e são.
- Obrigado, é bom ter a opinião de uma sóbria as vezes - o diálogo começara a ficar ruim, ele gritou um " volto" e foi até o baterista, eles cochicharam e trocaram sorrisos, logo que a música acabou eu estava concentrada nas palavras do cantor:
- Essa aqui é para aqueles que querem conseguir conversar, peguem os seus pares - e sem reparar Zac já estava em minha frente e eu estava dançando com ele, dançando de verdade.
- Então, você sempre fica sóbria? - aqueles olhos me encantaram e eu percebi que eu o conhecia, sabia que conhecia, até que em poucos segundos me lembrei de onde conhecia aquelas palavras com ar de ironia. Eu me sentia a maior lerda por não ter reparado que conversava com ela todos os dias, que elas eram meu calmante.
- Zac, você é o Zac. O meu Zac, eu não acredito. - estava mesmo assustada. O primo distante de Lice, que me adicionara em uma tarde no meu msn, e ficamos desde então mais amigos impossível. O que nem Alice esperava é que eu estava perdidamente apaixonada por ele.
- Que bom que notou. - eu encostei minha cabeça em seus ombro e ele cochichou em meus ouvidos - Você é ainda mais bonita do que eu esperava. - eu sorri e ele me contará algumas coisas ao pé do ouvido que faziam meu sorriso crescer. Pelo jeito o ano seria mais, como dizer? Proveitoso, e com certeza aquela dança ainda renderia muita história, entre eu e o meu guitarrista.

5 comentários:

Fernanda Vidoti disse...

Como sempre, ficou perfeito!
meu não sei onde você acha essas inspirações, essas palavras, acho que vc veio com esse dom né *-*

# Pamela cardoso disse...

Nossa amor que perfeito *-*
naum sei como arruma tanta inspirações....
eu amo tudo que vc escreve vc é perfeita ♥

bells disse...

lindo lindo , que chega a dá inveja - zoa

Anônimo disse...

AIIIIN QUE LIIINDO *-*
amei amei, já to seguindo.
obrigada por passar ;)
beejo flor ;*

Meus desabafos :) disse...

aaaaaaah, linda história *_*
Eu sou fascinada por histórias de amor, e tu escreve tãaaao bem, e é tão apaixonada. e.. oks,parei,AHAUAHAUAHUA.

parabéééns *______*


beeijos!