segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Fogo

- O que você tanto procura? - sua voz transbordava ironia, e seus olhos seguiam minhas narinas incontroláveis. Eu corei imediatamente, e pensei em sair correndo, mas logo desisti, eu não tinha para onde correr e não tinha certeza se ele iria me seguir.
- Não é nada. - eu disse tentando esconder o meu constrangimento, e pareceu que não o convenceu.
- Entendo. Eu acho que seria mais aconselhável eu leva-la para casa de carro. Você sabe, para o caso de você desmaiar de novo ou você pode encontrar um vampiro pelo caminho. - Ele tinha que caçoar sobre meu fanatismo, se não, não seria o Tom, o meu Tom.
- Primeiramente eu tenho um bom reflexo, - o que era verdade. - e segundo, se encontrássemos um vampiro e ele tivesse sede do meu sangue você não teria a menor chance com ele - outra verdade.
- Eu também tenho um bom reflexo. - seu olhar era estranho, um olhar maldoso, e não combinava nem um pouco com aquelas feições perfeitas.
Em um subto, ele me tinha em seus braços, e corria pelo corredor sem a menos dificuldade. A sala não parecia mais aconchegante vista de cabeça para baixo, ela parecia muito mais sombria, o que me fez pensar que eu estava tendo visões, então fechei os olhos, me recusava a ver um lugar perfeito se tornar indiferente.
Quando abri os olhos novamente, eu estava sentada no banco do passageiro, e ele estava colocando o cinto-de-segurança em mim. Eu queria falar, queria me pronunciar, queria gritar o porque ele tinha feito aquilo, o porque ele tinha que ser tão infantil e não saber pensar nos assuntos com maturidade. Mas então, ele estava ali, com um sorriso que só ele sabia dar, e então eu entendi, que ele estava apenas sendo ele mesmo.
- Eu. Não. Quero - eu falava pausadamente, enquanto esperava que as palavras conseguissem fazer algum sentido para mim.
- Respire - ele disse olhando em meus olhos e segurando meu queixo com a ponta dos dedos.
- Eu... Eu não quero ir embora - as palavras fizeram sentido quando o perfume de Tom fez o efeito calmante em mim. - Estou sozinha em casa, meus pais não vão se importar se eu chegar um pouco tarde. - Seu sorriso transparecia alegria, mas eu via, que ali também tinha malícia.
Tom não disse nada, apenas me ajudou a sair do carro e me acompanhou até mais perto da casa. Estávamos de mãos dadas, e suas mãos eram incrivelmente macias. Entramos na casa e eu não consegui conter um suspiro quando entramos na sala e ela voltara a ser aconchegante. Ele riu da minha expressão de alívio, o que me fez lembrar de ficar brava com ele depois por aquilo, mas só depois.
Fomos para uma sala na qual eu nunca tinha entrado, não tinha televisão, não tinha cama, nada. Era uma sala vazia, em um tom clean, as únicas coisas que eu podia ver na sala eram a lareira e um tapete que aprecia incrivelmente macio. Aquele seria, com certeza, o meu lugar preferido na casa.
Conversamos em um tom baixo, para não encobrir o crepitar do fogo. Ele me explicava como o meu sorriso conseguia mudar seu humor, e eu explicava como o seu perfume tinha influência sobre mim. Tom conversava comigo, e sua voz se misturava com o relaxante som do fogo.
Eu estava deitada em seu colo, quando finalmente o temido silêncio tomou a sala. Mas ele não era como eu achava que seria, ele era relaxante e nele parecia que estávamos em uma sala que possuía mais amor do que oxigênio. Ele brincava com uma mexa do meu cabelo, e eu desejava, ali mais que tudo pertencer a Tom, pra sempre.

Hmm, continuação de My vampire, eu espero que gostem, porque agora é a minha parte favorita, por algum motivo ainda não concreto rs.

2 comentários:

Anônimo disse...

CAAAAARA que linda sua história o/ De verdade mesmo, eu amei. Louca para ver a continuação.

Beejos ;*

Nicole Freixo disse...

LIIIIIIIIIIIIIIIIINDA *--------*
adoro sua história rs :)