Na fotografia Tom estava com uma mexa em sua testa e seus olhos esverdeados eram mais profundos que o normal, eu estava me deixando consumir por aquele olhar, até que ele apareceu no inicio do corredor, indicando que o jantar já estava pronto. Tom morava sozinho, desde que sua mãe havia se mudado para a cidade vizinha, ele preferiu continuar perto da escola até terminar o colegial, em uma semana, devo acrescentar.
Ele iria para a mesma faculdade que eu, longe daqui. A exatamente 2.589 km de minha família e amigos, eu estava triste de não poder mais passar os natais no quintal da casa de meus avós, mas a ideia de ir morar em Washington com Tom era incrível, apesar dele não tinha ideia que iríamos para a mesma escola, era uma surpresa que eu estava guardando para o nosso jantar. Em uma semana eu estaria em um avião, abraçar a minha liberdade e felicidade. As malas estavam prontas, as passagens reservadas, mas parecia que o tempo não queria que eu fosse feliz logo, ele tinha que adiar ainda mais, como se cada minuto se arrastasse, até passar por completo.
Nós fomos para a sala de jantar e a nossa conversa estava fluindo consideralvemente bem. A não ser por eu ficar fungando para recolher todo o perfume que estava em minha volta, minhas narinas tinham total controle sobre isso, não havia nada que eu pudesse fazer. Parecia que eu não sobreviveria sem aquele cheiro, sem ele ai por perto. Terminamos o jantar, e lavamos a louça. Ele lavava e eu secava e guardava. Quando a conversa parecia que não ia evoluir, ele pincelava a ponta de meu nariz com espuma da louça e nós riamos como duas crianças.
Voltamos para a sala, onde a tv ainda continuava ligada, e finalmente a suposta mãe do Bambi morreria, justamente quando o guepardo - não era um leão - iria ataca-la Tom mudou de canal, num movimento que parecia ter sido ensaiado.
- Você tem uma bela casa! - e um aconchegante sofá que exala seu cheiro a cada movimento, eu não tive coragem de acrescentar.
- Obrigado! - ele se ajeitou no sofá e o cheiro inundou a sala, fazendo com que minhas narinas ficassem inquietas - Está meio surrada, ela costumava receber muitos convidos. - ele sorrio
- Muitas festas? - seu rosto se contorceu e ele percebeu que nós havíamos voltado ao assunto que fez com que nós brigássemos e parássemos de se falar por longos 2 anos.
- Sim - ,ele admitiu. - Mas agora eu mudei, acredite.
- Ei, você não me deve satisfações. - sorri para ele e logo me levantei. - Então, acho que já vou indo ... Hm, obrigada!
Mais uma vez a sala se encheu do perfume de Tom e fez com que eu quisesse inalar tudo para mim. A overdose me deu a sensação estranha, de estar drogada, mas eu estava gostando. Não parei até perceber que estava completamente tonta e que parecia que o chão não tocava meus pés. Eu vacilei, ele me segurou em seus braços e me levou até a cozinha. Eu não conseguia deixar de absorver aquele cheiro, o que me deixava mais tonta, apesar das quatro pedras de gelo em minha nuca.
Minha primeira "longa história". Eu acho que não passa de ter 5 capítulos, apesar de ter toda a história pronta eu não sei quanto eu vou por em cada capítulo, e ela não tem muitos mistérios para fazer com que eu separe deixando suspense. A bels gostou, e eu estou postando mais por causa dela, já que ninguém mais mostrou interesse pela história. Espero que gostem ccc. (significa curiosas críticas conselheiras, eu não sei da onde eu tinha tirado isso)
2 comentários:
ah, você escreve super bem,
continua a história sim, eu venho aqui ler rs.
obg pela visita, volte sempre :*
legal seu blog... desiste dele nao!!
Voce escreve mto bem!!
Vou te add nos meus preferidos!!
=**
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