domingo, 7 de fevereiro de 2010

Eu preciso de você



Dez minutos antes você chegou em sua caminhote 1965 com o braço para fora escutando a rádio local, sua música favorita explodia as caixas de som.
Cinco minutos antes suas mãos encontraram as minhas e analisou meu preto cabelo liso enquanto eu não conseguia encarar suas sobrancelhas grossas.
No minuto em que te contei sua excreção não mudou nada do que cinco minutos atrás, parecia que minhas palavras ainda não o tinham atingido.
Cinco minutos depois seus olhos mostraram o pavor que as palavras deveriam exercer, mas você não foi capaz de maiores movimentos do que piscar e respirar.
Dez minutos depois suas mãos se desvenciliaram das minhas e me olhou com aquele pavor refletidos em seus olhos.
Quinze minutos depois eu já estava com coragem de olhar para seus olhos e com tal movimento você deu um passo para trás.
Vinte minutos depois ainda estávamos na mesma posição, mas o terror estava passando de seus olhos.
Vinte e cinco minutos depois você virou as costas para mim e andava sem rumo com a mão nos pequenos fios que nasciam em sua cabeça.
Trinta minutos depois você entrou no carro e encostou a cabeça no volante enquanto eu pedia aos céus para aquilo não estar realmente acontecendo.
Trinta e cindo minutos depois não me agüentava mais me ver separadade você por tão poucas coisas e não poder te beijar, apenas uma barria e uma porta de carro. Nosso amor ia alem disso não é?
Quarenta minutos depois e eu andei para o lado ao contrário ao teu, aqueles olhos tristes era mais do que eu poderia suportar, mais do que alguns quilos, muito mais.
Quarenta e cinco minutos depois me arrisquei olhar para meu antigo amado e nossos olhares se encontraram e eu podia ver o terror refletido em meus olhos assim como nos dele.
Cinqüenta minutos depois ouço a porta do carro se fechar e o inalei freneticamente o ar do campo aquilo me lembrava chuva, era tão reconfortante.
Cinqüenta e cinco minutos depois você estava atrás de mim e as lágrimas agora escorreriam por minhas maçãs do rosto como escorriam por entre os dedos de uma criança.
Sessenta minutos depois você passou sua grosseira mão pela minha face de um jeito doce limpando a minha lágrima e dizendo “Eu ainda te amo”.

E então amores, como vocês estão? Ah e então escrevi esse textinho pensando plenamente na minha música do momento: Papa Don't Preach (Papai, não faça sermão). O Glee regravou essa música antiga da Modonna e com certeza ficou bem melhor na voz da Dianna Agron ficou bem mais bonita, eu recomendo :)

14 comentários:

Anônimo disse...

Geeeente que tenso esse texto D: Mas como sempe escrevendo maravilhosamente bem (:
beeijos ;*

Natália Mota disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
bells disse...

Eu fui, a primeira a ver, a sentir a emoção do texto, fido, você sabe que tá perfeito, parabéns amorzinho
SJDIJSIDJSIDJ bj bj :*

Natália Mota disse...

(: Simplesmente perfeito como sempre é claro , um minuto,quinze minutos ,uma hora sem a sua presença e a da bells eu não seria nada, vocês são a minha fonte de inspiração, seus textos são ótimos gata e disso nunca poderei duvidar, você é a minha garota do refúgio *-*

Anônimo disse...

Texto interessante e eu amo Glee, deve ter ficado boa demais a versão :)
beijos

Nicole Freixo disse...

adorei, como sempre *-*
gosto de como você escreve :)

e adorei seu lay novo :*

Bel disse...

AMEI O texto!
Meio tenso mas...
Muito bem escrito flor!!
Amei o texto antes desse nossa...meu muito lindo embora triste!!
Serio...tu tem muito talento eu to precisando de um pouco aqui que emprestar não?!!
HAhahahahhaha

bjs bjs

Alice Voll disse...

Menina, eu ouvi no utube algumas regravações desse seriado Glee e acheu super bacana, me deu vontade de ver!

(: disse...

tenso D:
-
mas PERFEEEITO ♥

Blanca disse...

Obrigada, obrigada e obrigada! Beijos! s2

Zélia Bromélia disse...

aaaaai menina, amei, amei e amei.
NOSSA, voce colocou numa estrutura tão bacana.
e essa coisa de relacionar textos com musicas é TUDO - sem contar que papa dont preach é coisa de loouco haha
parabens! voce conseguiu passar um sentimento de angustia e, no final, uma boa e merecida dose de alivio. arrepiei.

Diana disse...

Adorei o texto e o formado dos minutos em que foi escrito. Mostra que você é uma ótima escritora. Achei legal também de onde veio sua inspiração. Beijo.

Tiêgo R. Alencar disse...

Arrasou, Gio! Ficou lindo! Perfeito pra refletir sobre os amores e tudo o mais :D

Beijo :*

Anônimo disse...

aaaaah, saudades de passar aqui *-*
quero ler dos seus lindos textos flor >.<
bjos :*